A Casa da Mãe Preta do Brasil-CMPB, foi fundada em 1º de maio de 1962, conforme seu Estatuto é uma Instituição filantrópica, sem fins lucrativos na oferta da Educação Infantil, que ressalta a educação e a assistência como fator fundamental à vida do ser humano. Sua primeira localização foi na Travessa Berocan nº 67 Núcleo Bandeirante – também designada pela sigla CMPB, amparada pelo Artigo 19 do Código Civil Brasileiro, tem como símbolo o mapa do Brasil. É regida por Estatuto próprio e registrado no Cartório Marcelo Ribas, sob o nº00000096 do Livro nº01-A, em 14 de dezembro de 1962. 

Foi fundada pela Senhora Leo Tigre Peter juntamente com pessoas preocupadas com a situação das famílias carentes. Leo Tigre, pela sua cor negra, pelo amor e cuidado que tinha com as crianças carentes, órfãos e desamparados, ficou conhecida por todos como “Mãe Preta”. No início, a assistência prestada era em Regime de Orfanato. E, o serviço assistencial prestado à comunidade era alfabetização de adultos, assistência jurídica, balé, danças afro-brasileiras, corte e costura, crochê e tricô. À época, para angariar recursos para a entidade eram realizados bailes dançantes, sempre aos finais de semana, os quais a entrada era cobrada, e o valor recebido era revertido em benefícios para a manutenção da instituição. 

A CMPB desde o ano de 1962 tornou-se conhecida na comunidade do Núcleo Bandeirante e áreas circunvizinhas pelo seu comprometimento com o trabalho assistencial às crianças necessitadas e suas respectivas famílias. Desde o ano de fundação até o ano de 1995 o sistema de atendimento das crianças e adolescentes era em Regime de Orfanato. 

Em novembro de 1984, Leo Tigre Peter veio a falecer e, mesmo com a sua irreparável perda, os seus filhos deram continuidade à sua especial missão. 

A partir de 1990, com a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente, todas as instituições de atendimento às crianças e adolescentes tiveram um período para se adequar à lei. À época, o atendimento prestado na CMPB era da seguinte maneira: 

Crianças Carentes: eram em sua maioria filhos de mães solteiras que trabalhavam e dormiam em seus empregos deixando seus filhos durante a semana, algumas visitavam e outras levavam para passar o final de semana. 

Crianças “Abandonadas”: as mães ou familiares deixavam as crianças ainda pequenas e quando já estavam crescidas retornavam à CMPB para buscá-las, com o objetivo de colocá-los para trabalharem como empacotadores em supermercados, engraxates e babás. 

À época foram realizadas várias reuniões entre as mães dessas crianças, a direção da CMPB, com técnicos do Centro de Desenvolvimento Social-CDS do Núcleo Bandeirante e da Vara da Infância e da adolescência, orientando-as sobre a importância de suas responsabilidades, carinho, afeto e assistência para com os seus filhos. Posteriormente, tais mães eram conscientizadas das mudanças que a CMPB passaria a realizar no seu atendimento de acordo com as novas leis. 

Adolescentes órfãos e abandonados: com o conhecimento e o consentimento da Vara da Infância e da Juventude, eles eram encaminhados aos Institutos Adventistas de Ensino nos Estado de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo, ficavam nos institutos em tempo integral e retornavam à CMPB no período de férias onde recebiam toda a assistência que necessitavam da Direção e Cooperadores da entidade. Esses direitos eram concedidos até o momento em que esses adolescentes de 14 a 18 anos se tornassem independentes para seguiram com suas vidas. 

A partir do ano de 1999, a CMPB passou a atender crianças em regime de creche. 

Seu estatuto, registrado no Cartório Marcelo Ribas, sob o nº 00000096 do Livro nº01-A, em 14 de dezembro de 1962, foi reformulado em 2002, com o propósito de adequar os seus dispositivos aos normativos vigentes, quando a instituição passou a atender crianças de 1 a 6 anos de idade em regime socioeducativo em meio aberto – creche – em período parcial e/ou integral. 

Em 2013, foi credenciada na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal -SEEDF, tendo celebrado convênio com a secretaria em 2014, para atendimento infantil. Essa parceria trouxe ganhos significativos para a mudança na perspectiva dos serviços já realizados, avançando das práticas assistenciais para a Educação. 

Essa parceria trouxe à entidade melhores condições para atender com qualidade o trabalho já realizado a anos, pois viabilizou a contratação de profissionais multidisciplinares, formados e capacitados em suas respectivas áreas, além da aquisição de materiais pedagógicos, de acordo com a faixa etária, reformas e reparos nos espaços físicos. Essa atuação conjunta oportuniza que os serviços sejam prestados com mais qualidade e sustentabilidade, uma vez que entendemos que o atendimento com qualidade é direito da criança. 

No ano de 2002, reformulamos o estatuto em vigor desde 1962, que já tinha sido alterado em 1979, para nos adequarmos às novas leis vigentes. A partir daí passou-se a atender crianças de 1 a 3 anos em regime socioeducativo em meio aberto – creche – em período parcial/ou integral. 

Em fevereiro de 2019 houve eleição da nova diretoria para o triênio de 2019/2022 e a reformulação do estatuto da Instituição que estava em vigor desde 2002, para atender o art. 206 da resolução nº 1/2018- CEDF. Orientando para a mudança de denominação da Instituição educacional de Creche Casa da Mãe Preta do Brasil – CMPB para Centro de Educação Infantil e Assistência Social Leo Tigre Peter, mantido pela Casa da Mãe Preta do Brasil – CMPB, ambos situados em SMPW Trecho 03 Área Especial 03 Park Way – Distrito Federal. Ordem de Serviço nº 74, de 09 de maio de 2019, publicado no DODF de 13 de maio de 2019.